Quem sou eu



Luiz Falcão


O nome é de um pássaro; o signo é de peixes. E tanto na terra quanto no ar, alçando voos inimagináveis, ou mergulhando na profundeza dos oceanos, sua imaginação o leva para fora do real, roubando-o da existência comum de todos os seres, o que o joga num longínquo e diferente devaneio. O sonho é apenas é apenas uma parte de sua vida. Essa energia de viver e descobrir o mundo, todos os dias e todas as horas do dia o acompanha na sua faina diária, onde há sempre um olhar de carinho para quem o procura e um abraço amigo para quem precisa.

Nasceu no Rio de Janeiro, no dia 19 de março, no ano de 1947. Casado com a Neusa Maria, uma catarinense nativa e ceramista, adotou  e foi adotado pela Ilha como sua terra. Compositor e poeta conhecido procurou sempre exaltar a ilha bem como a sua cultura popular. Vive há 31 anos em Florianópolis onde fruto de sua união com uma morena da ilha, nasceu seu filho nativo Fernando Falcão.

Desenvolveu vários trabalhos musicais, mostrando a sua versatilidade e criatividade no Regional do Zequinha, no Grupo Nova Geração, no Grupo Corda Viva e no Grupo Samba Choro em Família. Compôs vários sambas para a escola de Samba Protegidos da Princesa, para o Bloco Consulado do Samba antes de se transformar em escola e conquistou vários prêmios em concursos populares de samba.

Hoje, está aposentado da Eletrosul há cerca de 3 anos, e passou de forma definitiva a  morar na praia de Canasvieiras, onde  desenvolve atividades voluntárias na ACIF Regional de Canasvieiras, como Diretor Adjunto da Área de Comunidade, no Conselho de Segurança da Baía Norte. Também é Diretor da Área de Comunidade, e colabora na ONG Crescendo com Arte, localizada na OCA (Carijó Espaço de Arte), no Boi de Mamão denominado “Boi De Cá”, onde participa com a sua mulher na cantoria, no ritmo e, também, como doutor do Boi.

Ouve muito a música popular brasileira, curte viajar e conhecer lugares em que as tradições culturais estejam vivas e presentes na arquitetura, na gastronomia e nas cantorias populares.

No Rio de Janeiro torcia pelo Flamengo e aqui  torce pelo Avaí desde que chegou à ilha, incentivado pelo apaixonado torcedor  Rodrigo Capella. Não é por acaso que adora a cor azul do céu, que em dias de sol embelezam a Ilha.

Como escreveu o poeta Luiz Antonio Mendes:

De Icaraí  para esta Jurerê Mirim
Luiz Falcão fez um vôo sem escala
Aqui se encontrou na rima e ritmo,
Enamorou-se pela princesa do Mocotó (Escola de Samba Protegidos da Princesa)
Cantou com Zequinha, com Geraldo Azevedo
Virou um manezinho e incorporou
A harmonia da ilha no enredo de sua vida.
Eterno parceiro das belezas desta ilha,
Encontra no cantado do falado do seu povo
A melodia e a inspiração para suas composições.
Não tenho dúvidas em afirmar, que,
Se um dia fosse obrigado a sair daqui
Sentir-se-ia  para sempre um desterrado
Longe de Desterro,
Longe de ti.

O trabalho de Luiz Falcão, conforme descreveu o poeta e escritor Sérgio Trouillet, representa um longo e irreversível caso de amor por Florianópolis. E com a perseverança que só o amor proporciona aos homens, vem construindo um acervo de belas canções, como se incorporasse em sal inspiração, o talento do nativo de velhos ilhéus.

Quantos manezinhos e manezinhas não estarão, em algum lugar do céu, sorrindo ao ouvirem – aqui da terra - sua voz cantando o seu amor? O seu trabalho é para ser visto, e ouvido com o coração!

Mantém  seus sonhos com a força de uma criança, comentário feito pelo poeta e escritor Dino, cavalgando estrelas e suplantando o áspero cotidiano. É um apaixonado pelas virgens matas e pelos seios da ilha mãe gentil, Santa Catarina, Brasil. Este menino plantou  seu coração nas rendas da Lagoa, viaja com o boi de mamão entre bruxas e manezinhos, açoriando a vida. Com as suas asas, com suas águias o Falcão segue seu caminho de mares e ares.

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